quinta-feira, 25 de março de 2010

CAPADÓCIA: RESUMO HISTÓRICO

A Capadócia é uma região histórica da Turquia (em turco: Kapadokya). A Capadócia se caracteriza por ter uma formação geológica única no mundo e pelo seu patrimônio histórico e cultural. Em 1985 foi incluída pela UNESCO na lista do Patrimônio Mundial. Há assentamentos humanos na região desde milhares de anos. Algumas civilizações antigas floresceram aqui e deixaram a sua marca na Capadócia. Seu nome parece vir da palavra persa Katpatuka que quer dizer Terra de Belos Cavalos. Seu local mais famoso é o Parque Nacional de Goreme que abriga inusitadas formações geológicas que tornam a Capadócia famosa no mundo inteiro.

Abaixo, mapa da Turquia com a região da Capadócia ao centro.


Imagens do Vale de Goreme na Capadócia




Seu núcleo urbano mais antigo é a localidade de Çatalhöyük que é uma cidade que data do período neolítico (c. 6500 a.C.). Nela foram encontrados o que se considera o início da história da Anatólia (porção asiática da Turquia). Dentre os achados arqueológicos há um afresco mural de cerca de 6200 a.C. que apresenta em primeiro plano as casas da localidade e ao fundo um vulcão em erupção. O afresco está exposto no Museu das Civilizações da Anatólia, em Ancara (capital turca), e é provavelmente a pintura paisagística mais antiga do mundo.

Afresco neolítico que retrata a cidade de Çatalhöyük

Abaixo ilustração moderna da antiga cidade de Çatalhöyük


Entre os anos de 5000 e 4000 a.C., a Capadócia teve vários principados independentes. A cidade mais importante durante esse período foi Puruskanda. Dezessete desses principados uniram-se em 2300 a.C. para lutar contra o rei de Acade, Naram Sin (2254 - 2218 a.C.), constituindo a primeira de muitas alianças na história da Anatólia. No início do segundo milênio a.C., a Anatólia atraiu numerosos habitantes. Os assírios, célebres pela sua habilidade no comércio, instalaram-se na região atraídos por suas riquezas e organizaram bazares chamados Kârum. O Kârum mais importante foi a cidadela de Kanesh (hoje Kültepe). Os assírios levavam estanho, têxtis e perfumes e mercadejavam ouro, prata e cobre na Anatólia. Este tipo de comércio durou cerca de cento e cinquenta anos até que se dispersou pelas guerras entre os reinos da região. Em 1925, uma equipe arqueológica descobriu em Kültepe as chamadas "Tábuas da Capadócia", que descrevem esta colônia mercantil em tempos assírios e que marcam o registro escrito mais antigo conhecido sobre a história da Capadócia.

Ilustração da antiga Kanesh assíria

Ruínas de Kanesh


A civilização hitita floresceu na Anatólia central, no segundo milênio a.C., tendo Hatusa (hoje Boğazköy) como o seu centro de poder na região. Sucedendo aos hatitas que nomearam a região de Hati, os hititas fundaram e conquistaram várias cidades e em conjunção com os habitantes da região fundaram um império que chegou a ameaçar a Babilônia e submeteu vários reinos vizinhos. O Império Hitita durou cerca de cinco séculos atingindo nos séculos XVI e XV a.C. o período de maior desenvolvimento de sua civilização. Ao lado, relevo retratando guerreiros hititas. As guerras com o Egito (que culminariam no tratado de paz de Kadesh, c. de 1286 a.C.) e contra os kaskas desgastaram seu império, que finalmente caiu ante os invasores do oeste (Povos do Mar) e do norte (kaskas). Após a queda do Império Hitita, a Capadócia atravessou o período mais obscuro de sua existência entre os séculos X e VII a.C. Por fim, a Capadócia caiu sob domínio dos Persas no século VI a.C. que mantiveram a região até a conquista por Alexandre, o Grande (356 – 323 a.C.), dois séculos depois. Os persas dividiram a Anatólia em províncias (satrápias), atribuindo um governador (sátrapa) a cada uma. As satrápias estavam ligadas ao porto de Éfeso, ao oeste, pela estrada real, que começava na mesma cidade e passava pelas cidades de Sardes e Mazaca (antiga capital da Capadócia; hoje Kayseri), chegando a Mesopotâmia e a Susa, capital da Pérsia. Os sátrapas enviavam à Pérsia os impostos que arrecadavam, em forma de ouro, carneiros, burros e os famosos cavalos de Capadócia, os quais deram o nome definitivo à região (Katpatuka: Terra de Belos Cavalos). Abaixo, mapa do Império Persa.


No século IV a.C., o conquistador macedônio Alexandre, o Grande, empreendeu a conquista do Império Persa e acabou por subjugar a Capadócia. Deixou o seu tenente Cabictas para controlar a região, a qual esteve sob o domínio macedônio até a morte de Alexandre (323 a.C.). Pouco tempo depois, a Capadócia conseguiu sua independência e soberania sob a liderança de Ariarates I (331 - 322 a.C.), seu primeiro rei, cuja dinastia governou por cerca de 300 anos. No entanto, deve se assinalar que o título de rei (o grego basileus) só foi usado a partir de Ariarates III (255 -220 a.C.). Abaixo mapa do Império de Alexandre, o Grande.


Os reis da Capadócia eram de origem persa (segundo o historiador grego Diodoro Sículo suas origens remontam ao fundador do Império Persa, Ciro, o Grande) , mas o reino evoluiu para um estado helenístico-oriental vivendo as vicissitudes geopolíticas do período entre a queda do Império Greco-Macedônico e a ascensão do Império Romano. A Capadócia começou suas relações com Roma sob o reinado de Ariarates IV (220 – 163 a.C.), primeiro como inimigos (apoiando a causa de Antíoco, o Grande, rival de Roma na Ásia), e depois como aliados, lutando contra Perseu da Macedônia, rival dos romanos na Europa. Desde então, a Capadócia aliou-se sempre com a República Romana. Em 130 a.C. Ariarates V marchou junto do procônsul romano Crasso contra Aristônico, que reclamava o trono de Pérgamo. Ariarates V foi liquidado junto com seu exército, o que trouxe lutas internas pelo trono que marcaram o fim da dinastia. Abaixo, o Reino da Capadócia no século III a.C.



A Capadócia então escolheu um líder local chamado Ariobarzanes I, com o apoio de Roma, em 93 a.C. Este só realmente reinou após o fim das Guerras Mitridáticas (88 - 65 a.C.). Na guerra civil (49 - 45 a.C.) que Roma teve antes da ascensão ao poder de Júlio César, a Capadócia mudou de lados entre Pompeu e César. Posteriormente, a dinastia de Ariobarzanes terminaria e a região manteria a sua independência tributária até o ano de 17, quando o imperador Tibério reduziria à região a província romana. Duas legiões romanas formaram guarnições permanentes sob o imperador Vespasiano (69 – 79 a.C.), que buscava proteger as províncias orientais. As guarnições aumentaram e converteram-se em fortalezas sob Trajano (98 – 117 a.C.), que também construiu vias militares na região que tinha grande importância estratégica. Abaixo, mapa do Império Romano em 117 d.C. À direita, em baixo, vê-se a província da Capadócia.


O cristianismo floresceu desde cedo na Capadócia. Segundo a Bíblia, os judeus da Capadócia estavam presentes em Jerusalém, na Festa de Pentecostes de 33 d.C.. (Atos 2.9). A comunidade cristã da Capadócia estava entre aqueles a quem o apóstolo Pedro se dirigiu na sua primeira epístola (1 Pedro 1.1). A partir do século IV Capadócia sofreu uma transformação influenciada pelos mosteiros da Palestina e Egito, cujos os modelos foram seguidos na introdução da religião cristã sob o patrocínio do Império Bizantino. Nos séculos VI e VII, apareceram as primeiras igrejas pintadas. Estas igrejas, assim como a maioria das casas da região, não eram construídas como edifícios, mas sim escavadas na rocha. Essas cavernas artificiais eram depois decoradas e condicionadas para abrigarem os fiéis e o culto. Existem mais de seiscentas igrejas dessas na região. O período iconoclasta de Constantinopla (anos 725 a 843) teve sua repercussão nas igrejas da Capadócia e numerosas pinturas murais sofreram danos, pois fora proibida a representação de imagens de Cristo e dos santos. Abaixo, "igrejas das rochas" na moderna Capadócia.


Os seljúcidas, considerados ancestrais diretos dos turcos ocidentais, começaram a chegar a Capadócia a partir do século XI, após a Batalha de Manzikert em 1071, onde derrotaram o exército bizantino e começaram a conquista paulatina do território. Após a tomada de Kayseri em 1082, os seljúcidas iniciaram uma grande expansão urbanística na região, construindo mesquitas em Kayseri, Aksaray, Niğde e outras cidades e uma academia de medicina em 1206. Além disso, construíram inúmeros refúgios (caravansaray) para as caravanas que transitavam a Rota da Seda; os comerciantes pernoitavam de forma segura em seu trajeto e alguns tinham serviços adicionais como enfermagem e mesquitas. Os caravansarays estavam dispersos por toda a Anatólia, distanciados a cerca de 30 km entre si, e em tempos de guerra, serviam como postos de defesa do território. O Império Turco Otomano surge a partir do século XV expandindo-se da Ásia até a Europa oriental e retraindo-se até sua consolidação moderna na atual República da Turquia (1923) a qual pertence a Capadócia. A região, devido a suas peculiaridades histórico-culturais e a beleza de suas paisagens atraem todos os anos milhares de turistas que praticam, além de caminhadas, o balonismo. Abaixo, balões sobrevoando a Capadócia.




REFERÊNCIAS:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Capadócia
http://gl.wikipedia.org/wiki/Capadocia
http://www.hotelle.com/cappadociamaps.asp
http://www.museum.agropolis.fr/english/pages/expos/fresque/zm_mod6b.htm
http://historyofscience.com/G2I/timeline/images/catal_huyuk_map.jpg
http://www.bertsgeschiedenissite.nl/boeren/eeuw25/eeuw23anatolie.html
http://www.nusd.k12.az.us/schools/nhs/gthomson.class/wh/08_09WH/greece.htm
http://remacle.org/bloodwolf/historiens/diodore/livre25.htm#XXXI

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

ARQUELAU (38 a.C. – 17 d.C.)

Moeda com a efígie de Arquelau, rei da Capadócia.


Arquelau, também conhecido por Arquelau IV para distingui-lo de homônimos, foi o último rei da Capadócia. Seu nome originário era Sisines; ele era o filho de Arquelau III, sumo sacerdote da cidade de Comana, com Glafyra (amante do cônsul romano Marco Antônio em 41 a.C.), neto paterno de Arquelau II, estabelecido como sumo sacerdote de Comana na Capadócia em 60 a.C. por Pompeu,o Grande, e bisneto de Arquelau I, um general do Ponto na Primeira e Terceira Guerras Mitridáticas.
Sisenes, por instigação de sua mãe, apresentou-se como pretendente ao trono da Capadócia como melhor opção ao governo de Roma do que Ariarates X Eusebes Filopátor. Após uma breve guerra civil, Ariarates X foi executado por Antônio e Sisenes proclamado rei adotando o nome dinástico de Arquelau, em referência a seus antepassados.
Na guerra civil romana que opôs César Otávio e Marco Antônio, Arquelau apoiou este último, mas 31 a.C., o abandonou após a batalha de Actium que selou a vitória de Otávio. Em recompensa ao seu apoio,Otávio, agora Augusto e imperador romano, ampliou seu reino pela adição de partes da Cilícia e da Armênia Menor (25 a.C.). Ele não era popular entre seus súditos, que fizeram acusação contra ele em Roma, ocasião em que foi defendido pelo futuro imperador Tibério. Arquelau parece ter sido o autor de uma obra geográfica e ter escrito tratados sobre pedras e rios.
Arquelau de seu primeiro casamento (cuja esposa é desconhecida) teve dois filhos: um filho do mesmo nome e uma filha chamada Glafyra. Através de sua filha, ele seria o avô materno de Alexandre e Tigranes e o bisavô de Júlio Tigranes, que seria rei da Armênia sob o imperador romano Nero. Depois de 8 a.C., Arquelau casou-se com a rainha Pitodoris do Ponto e tornou-se padrasto dos três filhos do primeiro casamento dela. Pitodoris mudou-se para a Capadócia e permaneceu casada com Arquelau até a morte dele, mas não tiveram filhos.
Posteriormente, ele foi acusado por César Tibério, então imperador de Roma, de tentar provocar uma revolução, e morreu na prisão em Roma. A Capadócia foi feita então uma província romana. Pitodoris, mais tarde, retornou ao Ponto com sua família.
Assim terminava o reino da Capadócia como tantos reinos antes e depois dele: mais uma província do Império Romano. Abaixo, moeda da cidade capadócia de Cesaréia (Mazaca, a antiga capital) com as efígies do Imperador Tibério e seu filho Druso.



FONTES:
http://en.wikipedia.org/wiki/Archelaus_of_Cappadocia
http://www.asiaminorcoins.com/gallery/displayimage.php?album=284&pos=33

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

ARIARATES X EUSEBES FILADELFO (42 – 36 a.C.)

Ariarates era filho de Ariobarzanes II. Durante a Terceira Guerra Civil Romana (43 – 42 a.C.), Ariobarzanes III foi acusado de traidor pelo partido anticésar e assassinado por ordem de Cássio Longino que levou seu cadáver e tudo o que tinha valor. Ariarates tornou-se rei e adotou o epíteto de filadelfo (“aquele que ama o irmão”). Mas, surgiu um outro pretendente ao trono capadócio, Sisines, que ganhou o apoio do general romano Marco Antônio, (imagem ao lado) que havia derrotado Bruto e Cássio, que foi influenciado por Glafira, a mãe do requerente e mulher de grande beleza. Uma sangrenta guerra civil ocorreu opondo os partidários de Sisines e Ariarates, que a princípio levava vantagem até que Antônio mata Ariarates X e dá o reino a Sisines que assume com o nome de Arquelau, em referência a seu bisavô, general de Mitrídates VI (c. 88 a.C.).

FONTES:
http://ca.wikipedia.org/wiki/Ariarates_X
http://en.wikipedia.org/wiki/Ariarathes_X_of_Cappadocia

ARIOBARZANES III EUSEBES FILORROMANO (51 - 42 a.C.)

Moeda com a efígie de Ariobarzanes III

Ariobarzanes III, chamado Eusebes (pio) Filorromano (amigo dos romanos), foi rei da Capadócia. O Senado romano decidiu que ele seria sucessor de seu pai, e Cícero, o então governador da Cilícia, notou que ele estava cercado por inimigos, dentre os quais se incluía a mãe, Atenais. Durante a Guerra Civil Romana (49 – 45 a.C.) que opôs os partidos de Júlio César e Pompeu, o Grande, Ariobarzanes III foi altamente favorável a Pompeu apesar do custo, mas foi mantido em sua posição régia depois que Júlio César ganhou a guerra civil em Roma, ganhando ainda em adição a seus territórios a Pequena Armênia.
Após a morte de César (44 a.C.), uma nova guerra civil se seguiu e os assassinos de César (liderados por Marco Bruto e Cássio Longino) formaram uma poderosa facção no oriente. Bruto e Cássio declaram Ariobarzanes como traidor de Roma (talvez apoiasse o partido rival liderado por Antônio e Otávio) porque ele não queria permitir uma maior intervenção romana no seu reino.Os romanos invadem a Capadócia e Cássio executa Ariobarzanes em 42 a.C.Foi sucedido por seu irmão Ariarates.

FONTES:
http://en.wikipedia.org/wiki/Ariobarzanes_III_of_Cappadocia
http://es.wikipedia.org/wiki/Ariobarzanes_III_de_Capadocia
http://ca.wikipedia.org/wiki/Ariobarzanes_III

ARIOBARZANES II FILOPÁTOR (63 - 51 a.C.)

Ariobarzanes II, nomeado filopátor (em grego antigo: “que ama o pai”)), foi rei da Capadócia. Ele se casou com a filha do rei Mitrídates VI do Ponto, Atenais, e foi um governante ineficaz, exigindo (ou subornando) a ajuda do legado romano Gabínio em 57 a.C. para afastar seus inimigos. Ele conseguiu manter seu governo sobre Capadócia durante aproximadamente 8 anos antes de ser assassinado por favoritos dos partos, povo que erguia um novo império ao oriente. Ele foi sucedido por seu filho Ariobarzanes III Eusebes Filorromano.Tinha outro filho mais jovem, Ariarates.Abaixo, moeda com a efígie do político e militar romano Áulio Gabínio que ajudou a Ariobarzanes II.




FONTES:
http://en.wikipedia.org/wiki/Ariobarzanes_II_of_Cappadocia
http://ca.wikipedia.org/wiki/Ariobarzanes_II

ARIOBARZANES I FILORROMANO (95 – 63 a.C.)

Moeda com a efígie de Ariobarzanes I Filorromano


De origem persa, Ariobarzanes foi eleito rei pelos nobres do país como rei em substituição a Ariarates VIII que havia morrido no exílio e em oposição a Ariarates IX, rei-títere e filho de Mitrídates VI do Ponto. O Senado autorizou a sua escolha contra a nomeação do filho de Mitrídates VI.
Inconformado, Mitrídates VI lutou com a ajuda do Rei Tigranes da Armênia que por fim expulsaram a Ariobarzanes do país; mas foi ele restaurado em 92 pelo general romano Lúcio Sila.
Em 88, Mitrídates expulsa-o novamente e, embora nominalmente seu filho, Ariarates IX, tenha sido restaurado Mitrídates por fim proclamou a anexação da Capadócia ao reino do Ponto. Mas Ariobarzanes foi novamente restaurado em 84 pelos romanos.
Por um tempo ele vai poder governar, sempre leal a Roma (de onde seu epíteto filorromano, “amigo dos romanos”), mas em 66, quando da saída do general romano Lúculo da Ásia Menor, Ariobarzanes foi derrubado novamente por Mitrídates durante a Terceira Guerra Mitridática (73 – 63 a.C.).
No ano seguinte, os romanos, sob Pompeu, o Grande, o restauram mais uma vez e aos domínios de Ariobarzanes I foram acrescidas Gordiene e Sofene, regiões tiradas da Armênia (aliada do Ponto) bem como alguns territórios da Cilícia. Ariobarzanes abdicou em 63 em favor de seu filho Ariobarzanes II.
Sua filha casou-se com o rei Antíoco I Teos de Comagene. Sua esposa era Atenais Filostorgo.

FONTES:
http://en.wikipedia.org/wiki/Ariobarzanes_I_of_Cappadocia
http://ca.wikipedia.org/wiki/Ariobarzanes_I
http://www.asiaminorcoins.com/gallery/thumbnails.php?album=288

ARIARATES IX EUSEBES FILOPÁTOR (101 - 89 a.C.)

Moeda com a efígie de Ariarates IX


Quando do assassinato de Ariarates VII, Ariarates IX foi estabelecido rei da Capadócia por seu pai, Mitrídates VI, rei do Ponto, quando ele tinha oito anos. Esteve sob a regência do Górdio, nobre capadócio que assassinara ao rei Ariarates VI. Os nobres capadócios que hostilizavam Mitrídates e seu rei fantoche, mandaram chamar da Ásia a Ariarates VIII, irmão do rei assassinado, para assumir o trono da Capadócia, mas Mitrídates o expulsou. O jovem pretendente morreu pouco tempo depois extinguindo-se com ele a dinastia os Ariarátidas descendente de Datames. Inconformados, os nobres capadócios elegeram como rei ao nobre Ariobarzanes e enviaram uma embaixada a Roma para confirmá-lo e apoiá-lo. O Senado romano parece ter sugerido que o reino da Capadócia se converte-se em uma república, mas os capadócios entendiam que apenas um rei poderia garantir a estabilidade. Enquanto isso, Mitrídates perante aos romanos alegou que seu filho era descendente de linhagem materna de Ariarates VI, e portanto, herdeiro legítimo do trono capadócio.
O Senado romano deu a permissão para o povo da Capadócia, governar a si mesmo na forma como eles livremente escolhessem. Ariobarzanes foi reconhecido como o rei legítimo. Mas Mitrídates VI, inconformado, lutou com a ajuda do rei Tigranes da Armênia e expulsou Ariobarzanes do país, e foi novamente proclamado seu filho como Rei Ariarates IX (c. 94 a.C.), mas em 92 Ariobarzanes foi restaurado pelo general romano Lúcio Sila. Em 88, Mitrídates ocupa o país e reestabelece seu filho, mas no ano seguinte, proclamou a anexação da Capadócia ao reino do Ponto.
Em 87, Ariarates IX morre lutando por seu pai na Tessália durante a Primeira Guerra de Mitrídates contra Roma (88-84 a.C.). Abaixo, a expansão do reino do Ponto sobre a Anatólia.



FONTES:
http://en.wikipedia.org/wiki/Ariarathes_IX_of_Cappadocia
http://ca.wikipedia.org/wiki/Ariarates_IX
http://www.asiaminorcoins.com/gallery/displayimage.php?album=288&pos=15